MB Animações: Miss KUROITSU from the Monster Development Department

Eu sei…. Esse obviamente é um texto que abraça a popularidade do recente Love After World Domination, um belo romance entre um herói e uma vilã. A obra conta com roupagem e diversas referências a Super Sentais, tornando a experiência bem divertida e conectando diferentes gerações. Mas como isso se conecta com Miss KUROITSU from the Monster Development Department? Seguindo uma divertida premissa e desconstruindo a nossa expectativa, Miss Kuroitsu tem como centro o universo tokusatsu e, ainda que tenha passado despercebida em sua temporada de estreia (Inverno/2022), a animação merece atenção. Quem sabe a atual popularidade de Love After World Domination propicie isso.

Miss KUROITSU from the Monster Development Department é uma adaptação do Web mangá de mesmo nome. A produção ficou por conta do estúdio Quad, sendo, inclusive, sua primeira produção animada. Sua estreia ocorreu na recente temporada de inverno e foi finalizada com 12 episódios.

Com seu desenvolvimento em um mundo onde existem super heróis e vilões, a roupagem dessa obra nos coloca em um mundo baseado em tokusatsus, porém, não temos apenas um grupo ocupado por essas duas figuras. Em um ambiente que simula um mundo corporativo, diversas companhias vilanescas dividem  espaço com diversos grupos ou heróis solitários, que parecem se distanciar do ambiente corporativo, ou pelo menos, a maioria deles.

O ambiente corporativo é uma das principais bases desse universo apresentado por meio de Kuroitsu, uma desenvolvedora de monstros da empresa Agastya, que tem como objetivo dominar o mundo, seja pela força ou através de seus produtos (Sim, produzindo monstros e cosméticos no mesmo local).

Agastya é responsável por uma área, enquanto outras companhias tentam dominar outras áreas. Obviamente nenhuma delas consegue, já que os heróis estão em seu caminho. Inclusive, é nesse meio que temos uma enxurrada de referências a diversos tokusatsus e a obra acaba tratando de forma muito divertida suas referências.

A comédia é focada na corporatização dos vilões, a relação entre os funcionários, a hierarquia e as dificuldades de se criar monstros. É difícil não rir com um monstro imponente representado como o chefe atencioso e compreensível. Mesmo os monstros que perdem para o herói são valorizados, em especial por ação de Kuroitsu.

Munida da concepção “Monstros não são apenas produtos, eles também têm alma” Kuroitsu acaba funcionando como o coração da obra, seja por sua posição em relação às suas criações ou seu esforço em melhorar. Se esforça ao máximo, mesmo que seu objetivo esteja longe de ser louvável.

Os monstros que eu produziria.

Por fim, Miss KUROITSU é uma comédia divertidíssima. Sua estrutura tem como base pequenas subtramas que seguem uma ordem cronológica, o que gera alguns altos e baixos com relação a qualidade dos episódios, seja na animação ou em seu roteiro.

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