MB Nacional: Crepúsculo Sentai

Imagine um universo onde todos os heróis coexistissem e uma ameaça os coloque em perigo? Confira nossa análise de Crepúsculo Sentai, lançamento da editora Skript.

Para aqueles com mais de trinta anos, Jaspion e Changeman dizem respeito a tempos nostálgicos, cheio de boas lembranças em frente à TV para acompanhar os super-heróis nipônicos na batalha contra as forças do mal. 

Crepúsculo Sentai, obra de Douglas Freitas e artes de Sandro Zambi, vem para prestar homenagem a essa época incrível que está no coração de quem viveu todas as emoções da invasão Tokusatsu no final dos anos 80.

A história se passa nos tempos atuais, com diversos heróis envelhecidos, mas exaltados pela população. Uma ameaça desconhecida começa a eliminar os heróis um a um e somente um velho inimigo pode parar essa onda de violência e desesperança.

A história começa muito bem, ambientando o leitor no universo utilizado e mantendo o real motivo para os assassinatos em total mistério. O fanservice, principal característica da obra, fica sempre em evidência.

No virar de páginas a história fica mais corrida, chegando num clímax acelerado, matando toda a possibilidade de aproveitar mais os personagens.

Algo que incomodou foi a tentativa de falar com gerações distintas. O fanservice pesado na obra serve para agradar os mais nostálgicos, explicar as homenagens e os easter eggs são inseridos para um público novo. Mas esses elementos acabam por entrar em conflito com a ideia proposta, que apesar de interessante, faz do material algo desnecessário.

A arte do Sandro Zambi é o ponto alto da HQ. Mesmo com estilo mangás, mantém sua individualidade com cores extremamente fortes e marcantes, como todo bom Tokusatsu deve ser. É muito bom ver heróis, vilões e robôs  coloridos e com uma pitada de violência.

A edição da editora Skript é simples, mas bem feita e caprichada, deixando em destaque o prefácio e, principalmente, sua belíssima capa.

Crepúsculo Sentai é uma HQ de homenagem que peca no excesso de fanservice. Poderia ter uma história melhor, levando em conta o potencial de seus personagens. Me divertiu e me encheu de nostalgia, mas não me cativou. Se você é fã ou quer conhecer a febre dos Tokusatsu dos anos 80, essa obra é ideal!

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