MB Review: Low vols. 1 e 2
“O que você faria se só te restasse este dia?” Stel Caine pretende resgatar não apenas suas filhas perdidas como também o que restou da humanidade neste épico de ficção-científica de Rick Remender e Greg Tocchini, lançado pela Devir. Confira nossa resenha!
O mundo vai acabar. O Sol expandiu-se a ponto de inviabilizar a vida na Terra. Humanos fugiram para o mar, em grandes cidades inundadas pelos oceanos, enquanto enviam sondas ao universo em busca de outros planetas habitáveis. A família Caine, parte de uma linhagem de timoneiros, ainda tem esperança em salvar a todos. Stel, a mãe, consegue identificar uma sonda que parece ter encontrado algo, mas que ainda levará 10 anos para retornar com a informação.
Enquanto aguardam, resolvem ir ao fundo do oceano com as pequenas Tajo e Della, enquanto o filho mais velho, que é mecânico, fica em casa trabalhando. A embarcação dos Caine, em determinado momento, é atacada por piratas. O pai tem seu olho – que ativa uma armadura poderosa chamada de timoneira – retirado e junto de Stel é largado para afundar e morrer nas fossas submarinas. As meninas são sequestradas e devem ser vendidas como escravas.
Este é o resumo apenas da primeira das 26 edições de Low, reunidas na íntegra em dois encadernados pela Devir Brasil.
A história mesmo se passa 10 anos depois, quando a sonda retorna a Terra e cabe a Stel buscar o que pode ser salvo da humanidade. E não será uma jornada fácil. Se pensa que já tivemos desgraça o bastante na primeira edição, prepare-se para o que vem em seguida. Somos levados a uma trama de ares épicos, com estranhos aliados, inimigos diversos, cidades destruídas e muita conspiração, mas com a esperança – principalmente graças a Stel e ao efeito que ela causa nos demais personagens – sempre se fazendo presente.
Em determinados momentos é realmente difícil acreditar que tudo vai dar certo no final. As últimas páginas do primeiro encadernado que o digam.
Rick Remender faz com que 700 páginas de história passem rápido demais. O final pode parecer inevitável para o que a trama propõe e os percalços para se chegar lá parecem infindáveis e nada óbvios. A arte do brasileiro Greg Tocchini pode até soar confusa, principalmente em planos abertos, mas é de cair o queixo. Espera a tal armadura timoneira entrar em ação pra me entender.