MB Review: Alice in Borderland #01

O mangá que serviu de base para um dos maiores live-action de sucesso lançado pela Netflix nos últimos anos chega, finalmente, ao Brasil pela editora JBC. Alice in Borderland irá nos apresentar uma ótima história de suspense e terror psicológico onde ganhar o jogo é a única opção para sair dele com vida.

Certo dia, Ryouhei Arisu, um estudante do ensino médio de 18 anos, com pouca expectativa para um futuro de sucesso, acaba saindo de madrugada com seus amigos Chouta e Karube. Ao decidirem voltar para casa, estranham ver fogos de artifício às 4 da manhã, quando um misterioso clarão os transporta para outro lugar.  Ao acordar nesta nova realidade, o trio de amigos percebe que ainda estão no Japão, mas um bom tempo para frente, no futuro. Em busca de respostas, encontram uma jovem chamada Saori Shibuki e os quatro acabam ficando presos em um festival, onde precisarão passar por um misterioso jogo.

Este primeiro misterioso jogo pede que  todos os participantes tirem um papel da sorte  com questões que, se respondidas erradas, flechas de fogos serão atiradas na quantidade equivalente à diferença da resposta dada e a correta. Arisu, Chouta e Karube se assustam ao ver que suas vidas estão em risco. O medo e o desespero tomam conta dos participantes que, com um fio de esperança, acabam achando a solução para salvar suas vidas. Ao escapar do primeiro jogo, uma espécie de visto é emitido para os novatos, com um tipo de pontuação. Este é o mundo denominado Borderland. Ganhar o jogo é a única maneira de salvar sua própria vida. 

Durante os capítulos, conhecemos o passado de Arisu, Chouta, Karube e Saori por meio de flashbacks, dando-lhes mais profundidade . Outros personagens são apresentados nas partidas seguintes e há alguns bem diferenciados que podem fazer com que o jogo fique muito mais divertido. Provavelmente a maior qualidade de Alice in Borderland é apresentar diferentes personagens, jogos e até mesmo regras, sempre deixando tudo interessante para fisgar o leitor e não cair em algo repetitivo e cansativo. Toda a dinâmica pode mudar de uma partida para outra.

O traço de Haro Aso consegue passar bem o desespero que os personagens sentem ao se depararem com situações bizarras que colocam sua vida em risco. Uma observação curiosa é que o design de personagens chega a lembrar um pouco o traço de Masakazu Katsura em Zetman.  A edição da JBC segue o padrão de outras publicações, em capa cartão e papel pólen natural. O primeiro volume contém 336 páginas, sem marcador de páginas ou páginas coloridas. O preço de capa é R$ 54,90. Vale lembrar que esta é uma publicação 2 em 1, diminuindo o total de volumes para 9.

É inegável dizer que a JBC acertou o timing de publicação desta obra agora que a terceira temporada foi anunciada pela Netflix, podendo atrair aqueles que assistiram à versão seriada em live-action. Alice in Borderland é um ótimo mangá de suspense que fará com que o leitor devore o volume para saber o destino de todos neste misterioso jogo. 

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