MB Review: O Beco

O Beco é mais um volume da coleção “obras primas de Junji Ito”. O mangá segue o padrão dos volumes anteriores, mas será que as histórias contidas neste volume são de qualidade? 

A primeira história é justamente “O Beco”. A história fala sobre um jovem que, ao se mudar para uma pensão, descobre um segredo bizarro guardado no beco ao lado. A ideia da história é até legal, mas acabou que senti um potencial desperdiçado e não gostei tanto.  Em seguida temos “Modelo Fotográfica”. Esse conto está presente na coletânea Calafrios, também lançada pela Pipoca e Nanquim. E conforme disse na resenha da mesma, não gosto das tramas envolvendo essa personagem.

Ao todo a edição possui 11 contos, sendo a maioria deles medianos. Outros são bem ruins, como no caso de “Lembranças” e “Caminhão do Sorvete”.  Outras como “Queda” e “Cidade sem Ruas” são excelentes. No caso da primeira, vemos uma cidade onde várias pessoas desaparecem misteriosamente e, literalmente do nada, caem do céu com uma expressão de pavor, porém já sem vida. 

Já a segunda aborda temas como privacidade, stalkers e obsessão em uma cidade que literalmente não tem mais ruas, apenas construções que se interligam com casas, formando um verdadeiro labirinto. É a história mais longa da edição e, na minha opinião, a melhor também. A qualidade do volume segue o padrão da editora. Miolo colado e costurado, papel pólen de boa gramatura, sobrecapa, marca páginas e, claro, os quatro cards que fazem parte da coleção. 

De todas as edições que li até agora dessa coleção, O Beco é o mais fraco. Não é ruim, mas a maioria dos contos aqui são medianos. Por outro lado, isso é algo normal, tendo em vista que são histórias curtas. E quando esse é o caso, raramente os contos estão equiparados no quesito qualidade. Contudo, isso é apenas minha opinião.

Se você faz a coleção religiosamente, O Beco é uma compra que vale a pena, já que possui contos inéditos. Mas se você compra apenas alguns volumes, existem outras coletâneas mais interessantes lançadas pela própria Pipoca e Nanquim.

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