MB Review: Mononogatari – Espíritos Possessores #1
Espíritos que se apegam ao plano terreno são combatidos por exorcistas e enviados ao plano espiritual, seja de forma pacífica ou à força. Agora, imagine quando os próprios exorcistas são subjugados pelos espíritos? Confira nossa análise de Mononogatari – Espíritos Possessores, da Editora Panini.
No Japão atual, espíritos que não encontram a paz eterna acabam “ganhando vida” e possuindo objetos inanimados. Para controlar os maus espíritos, existe uma família de exorcistas que capturam esses seres. Mas há algo de errado com o sucessor dessa família. Hyoma Kunato é o jovem sucessor da família de exorcistas Kunato. Devido a um trauma do passado, ele exorciza os espíritos usando extrema violência, o que causa desconforto ao seu avô, que é forçado a tomar uma medida extrema.
Hyoma é obrigado a viver na casa de Botan Nagatsuki, uma estudante que leva uma vida pacata com sua família composta por espíritos possessores! Eles possuem inteligência e comportamento parecido com os humanos e agora cabe a Hyoma aprender a conviver com essa família peculiar por um ano, para só então voltar a sua função dentro da família de origem. A história em si começa de forma bem lenta, apesar de ser um título de ação. Embora o primeiro volume seja de apresentação dos principais personagens, a história anda em passos lentos, deixando o clímax desse arco inicial somente para o próximo volume.
Na primeira vista, as motivações do protagonista, apesar de dramáticas, servem apenas de gatilho para seu comportamento extremamente agressivo, o que é uma surpresa/curiosidade. O protagonista não parece revoltado ou badass, mas sim alguém comum. O traço comum, e por muitas vezes genérico, talvez seja o principal problema do mangá. Nada é atrativo, nem a ambientação, nem os designs dos personagens ou as lutas. Tudo é muito simples, sem nenhum elemento de destaque.
Há elementos de potencial melhora da obra, com a motivação do espíritos possessivos em proteger a jovem Botan e o passado conectado dos protagonistas, que podem gerar batalhas melhores e grandes reviravoltas. O grande problema fica com a edição brasileira, que vem com balões em branco e alguns pequenos e quase imperceptíveis problemas, o que pode ser uma experiência desagradável para os fãs mais exigentes.
Mononogatari – Espíritos Possessores é uma história que agradará em cheio fãs que curtem histórias de ação e com exorcismo de espíritos. Ao contrário de sua semi-xará mais famosa (A série de livros Monogatari Series, de NisioisiN) Mononogarati é muito mais simples e linear, atingindo em cheio o leitor mais casual.